quinta-feira, 27 de agosto de 2009

IDENTIDADE E DIFERENÇAS

IDENTIDADE E DIFERENÇAS

Karine Sott

“As diferenças existentes entre os seres humanos são inúmeras, o que possibilita um mundo de relações extremamente ricas e significantes (...)”, como afirma Porto e Gaio, 2002, p.140.
Conforme as Porto e Gaio (2002) as diferenças não são apenas uma pessoa ser deficiente. É também a pessoas com necessidades especiais, pois, nos dias de hoje, ser gordinho, magro, novo, velho são diferenças.
Assim como o/a gordinho/a, o/a magro/a, o/a novo/a, o/a velho/a, temos o conhecimento de muitos outros diferentes, tais como: o/a quatro olho, o/a seco/a, o homossexual, ou seja, a sociedade pré-determina um modelo de corpo e comportamento ideal em que quase todas as pessoas deveriam se enquadrar. A cultura de um modo geral também impõe e prescreve os requisitos e enquadra em um determinado padrão de comportamentos, de corpos e de modo de vida.
Para Silva, 2000, p.11: “A identidade é marcada pela diferença, mas parece que algumas diferenças são vistas como mais importantes que outras, especialmente em lugares particulares.”.
Em outras palavras, são inúmeras as diferenças que os diferentes olhares percebem sobre as pessoas. A maneira de se vestir, de andar, de agir e comportar-se torna uma pessoa ser diferente.
Cada indivíduo tem a suas identidades sendo que assumimos e identificamos com elas. Silva destaca que a identidade está associada às condições sociais, econômicas e materiais. “A identidade e a diferença estão, pois em estreita conexão e ao mesmo tempo determinadas por relação de poder. O poder de definir a identidade e de marcar a diferença não pode ser separado das relações mais amplas de poder. A identidade e a diferença não são, nunca, inocentes” como destaca Silva (2000, p. 81).
Quando se fala de identidade e diferença, observamos que podem acontecer inclusões ou exclusões. As indiferenças e identidades geram discussões e posicionamentos diferentes.
Partindo das diferenças, outro caso de ser um indivíduo diferente são pessoas com necessidades especiais que fazem parte do nosso contexto social.
Os indivíduos com necessidades especiais sofrem muitas exclusões, discriminações perante a sociedade. Nos dias de hoje com todo o trabalho realizado para que eles possam ter o seu espaço e ser valorizado, já se conseguiu muitos frutos bons.
Muitos eram os olhares sobre o “deficiente”. Toda a criança portadora de qualquer deficiência seja física ou mental percebe e sente quando são julgadas e discriminadas. Muitos sentem pena e nem se aproximam deste sujeito.
Ao se aproximar, manter um contato de modo mais próximo de uma criança ou adulto portador de qualquer deficiência é notável as suas capacidades, habilidades, riqueza, sabedoria, etc. Pessoalmente, ao iniciar esta pesquisa não imaginei sentir a gratificação e a aprendizagem que conquistei durante um ano. A diferença e as pessoas diferentes somos nós mesmos que criamos.
Ser diferente não é apenas ser portador de uma deficiência. A maneira que os outros olham sobre mim, torna-me diferente, me faz sentir diferente.

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